Foto: Renan Mattos (Diário)
A Rumo Logística, empresa que detém a concessão da ferrovia em Santa Maria, entrou com uma ação na Justiça Federal, na semana passada, para impedir o bloqueio da linha férrea por moradores em protesto ao fechamento da Rua Sete de Setembro. Em nota enviada ao Diário, a concessionária diz que "buscou os meios legais" e que a empresa "respeita o direito de manifestação, desde que não seja dentro dos limites operacionais da ferrovia para garantir a própria segurança das pessoas".
Além disso, a Rumo justifica o pedido feito à Justiça alegando que "o transporte ferroviário de cargas é um serviço público e não pode ser interrompido", e que "a obra foi realizada justamente para evitar o conflito rodoferroviário na região e aumentar a segurança da comunidade e da operação ferroviária".
Começa o fechamento definitivo da Rua Sete de Setembro
A medida da Rumo é uma resposta aos protestos realizados no cruzamento ferroviário desde o bloqueio da Rua Sete. Os moradores da região, até o momento, impediram pelo menos uma vez a passagem da composição. Até porque o volume de trens que cruzam pela via é pequeno. Segundo a própria concessionária, passam apenas três composições por dia em Santa Maria, sem horários definidos, pois dependem da demanda por cargas.
Mas a garantia dada pela Justiça Federal é um claro recado para os moradores desgostosos com a proibição do tráfego de veículos na histórica via do Bairro Perpétuo Socorro. Se houver protesto que impeça a passagem do trem, a polícia poderá entrar em cena para retirar os manifestantes do local.
Resta torcer para que isso não seja necessário. Já não basta o direito de ir e vir na Rua Sete, que já foi bastante afetado devido a um impasse com origem mais política do que técnica. Uma simples cancela com luzes, que seriam acionadas com a passagem dos trens, teria resolvido a situação. Como, aliás, é feito em muitos países.